"O maior obstáculo de um escritor sempre será a palavra seguinte. E a importância da crítica de quem ler, sua maior vergonha." (Romã de Ades)
sobre mim:
A única constante, ultimamente, tem sido o movimento desordenadamente ordenado da minha triste caneta.
Toda culpa é dela.
Todo tempo é dela.
Todo desabafo é dela.
Mas isso não sei se é ruim.
digo, apenas não sei.
E esse é o maior dos problemas.
Tem dias que ela é tão engraçada que me faz rir.
Outros que me faz papel de útero.
Sendo eu esse eterno feto - folha quase em branco - a espera de um aborto ou de um grito.
Grito de desespero.
Grito quieto.
Grito sorridente que só ela, a caneta, ri.
Talvez por isso a procuro tanto.
Só ela ri.
Chego a pensar que "só ela" caberia naturalmente na frente do que quer que SEJA.
Razão esta que a odeio.
...
Mas então me perco. / toda vez é isso!/
Se não sabe aonde quer ir por que me obriAga a lhe acompanhar?
...
Canetinha filha de um petróleo.
Por que me tens nas tuas mãos?
Um comentário:
Para que outros te tenham diante dos olhos.
(:
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